A palavra é tão importante que nós levamos meses para aprender a falar, um bom tempo para aprender a ler, e outro maior ainda para compreender seu significado. A alfabetização não deveria apenas ensinar a juntar letras, mas a criar uma consciência sobre a importância da palavra. Aprendemos a ouvir antes de falar, e isto não é por acaso.
A palavra tem o poder de levantar ou derrubar pessoas. Seus efeitos são muito rápidos e podem causar danos irreversíveis e irreparáveis. É mais comum alguém se arrepender do que falou, do que quando calou. A palavra que ainda não foi dita não existe, mas a palavra, bem ou mal dita, passa a ser de domínio público e sujeita a consequências imprevisíveis.
Se todos falassem apenas o necessário, muitos problemas poderiam ser evitados. O verbo tem o dom de criar, por isso é necessário ter a devida consciência daquilo que se diz. Jesus foi mais rigoroso. Em Mateus, capítulo V, versículos 5 a 9, faz da moderação uma lei, condena qualquer expressão ofensiva ao semelhante, com ou sem razão.
Procure sempre analisar se suas palavras podem ajudar a esclarecer, corrigir ou ajudar alguém. Às vezes, o silêncio é o procedimento mais recomendável. Palavras tem energia, e toda energia emitida nos envolve e retorna com intensidade ainda maior. Às vezes, calar é a melhor resposta. Ghandi dizia que o silêncio é uma das características do forte.
Estamos cada vez mais envolvidos por um turbilhão de conflitos, diferenças e desavenças. A facilidade do uso da palavra é uma tentação cada vez maior, mas exige um grau de responsabilidade muito maior. Se pudéssemos colocar numa balança de precisão o peso de cada palavra, seríamos muito mais cautelosos.
Dispomos, porém, de uma balança muito mais precisa, e infalível, a nossa consciência, onde estão gravadas todas as leis de Deus. Este será sempre o nosso grande juízo.
Agora e depois.
Prevenção do suicídio
A Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (Abesp) realiza de 8 a 10 de agosto, em Brasília, o V Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio com a participação de especialistas de todo o país, para discutir o tema “Suicídio: Complexidade e Urgência na Cena Contemporânea”.
Aberto a todos os interessados, terá participação de forma presencial ou no formato online, mediante inscrição prévia. Para a médica psiquiatra santa-mariense Martha Helena Oliveira Noal, vice-presidente da Abesp, o suicídio é um problema mundial de saúde pública e que no Brasil vem causando a morte de aproximadamente 16 mil pessoas anualmente. Na média, a cada 34 minutos uma pessoa se suicida no Brasil.
Ficar atento aos sinais, tratar o problema sem tabus ou preconceitos e buscar ajuda de especialistas diante de qualquer suspeita são boas formas de prevenção. Conclusões e orientações são aguardadas com grande expectativa.
Lixo tecnológico
As 3,5 toneladas de fios em desuso recolhidas nos últimos dois anos em Santa Maria sugerem algumas reflexões. Primeira delas é a importância desta ação, deixando a cidade mais limpa e livre deste lixo tecnológico, que além da poluição visual vem causando risco à segurança no trânsito e às pessoas de forma geral. Outra questão é a necessidade de estabelecer a forma legal de ocupação do espaço público, com a devida fiscalização e aplicação de pena aos infratores. Quem usar terá também a responsabilidade de limpar, quando os fios não tiverem mais utilidade. É simples, desde que cada um cumpra sua parte.
Abrindo os cofres
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo apontou que os gestores municipais que serão eleitos em outubro vão receber as contas públicas numa situação pior do que a encontrada em 2021, quando os atuais mandatos tiveram início. O panorama fiscal das cidades brasileiras é bastante diverso e heterogêneo, e acendeu um sinal de alerta.
Em menos de dois anos, os prefeitos queimaram todo o saldo positivo que havia sido criado na pandemia e agora amargam rombo de quase R$ 15 bilhões, com despesas crescendo em ritmo superior às receitas. O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, disse que na média o endividamento está em níveis suportáveis, mas que o risco de inadimplência sempre existe.
Como os debates eleitorais logo logo começarão, seria interessante que cada município abrisse seus cofres expondo sua real situação, afinal a gestão poderá mudar, mas o dono continuará o mesmo, o contribuinte.
Santa Flora pede socorro
Santa Flora é, tradicionalmente, um dos distritos de maior retorno de ICMS para o município. Apesar disso, a situação em algumas estradas continua calamitosa. Moradores afirmam, e as fotos comprovam, que estão sem saída na Travessa Mazaro. “As crianças precisam ir para a escola, nem transporte tem, façam alguma coisa”. O clamor é do tamanho da necessidade.
Aviso aos navegantes
A cobrança de pedágio voltou na RSC-287, na praça que funciona no distrito da Palma. Apesar das tranqueiras do “pare e siga” adiante da Base Aérea e da utilização da ponte construída pelo Exército sobre o Arroio Figueira.
A vida continua, nesta e em outras dimensões!